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Marcell - Parte II

Marcell ficou com medo. Olhou ao redor, procurando algo ou alguém que pudesse tê-lo ferido, mas não encontrou nada. A janela de seu quarto encontrava-se fechada, bem como a porta. Não havia nenhum barulho na casa. Seus pais dormiam num quarto que ficava exatamente acima do seu. Marcell chegou a pensou em acordá-los, mas achou melhor não. Iria esperar pelo amanhecer para falar com eles. Ainda tinha esperança que as marcas sumissem e tudo tivesse sido um grande sonho.

Mas elas continuavam ali, embora seu braço tenha parado de doer e não houvesse sangue nenhum. Marcell sentou na cama e ficou olhando pro teto do quarto, enquanto passava a mão em seu braço. Nada havia lhe acontecido nas outras vezes que teve o sonho, mas ele também não tinha tentado explorar o lugar. Aliás, que lugar era aquele? Não se parecia nem um pouco com qualquer outro que ele tenha estado. Quanto mais pensava no sonho, mais impossível ele lhe parecia. A névoa, o vampiro... Já ouvira falar de pessoas que sonhavam com algo que estava acontecendo, mas nada parecido com o que lhe havia ocorrido. Então, no meio de seus pensamentos, Marcell voltou a dormir.

Acordou com o despertador, meio zonzo. Quando se tocou do que estava acontecendo, lembrou do seu braço. Olhou pra ele, e as marcas haviam sumido, mas no lugar delas parecia que haviam costurado a pele, para cobrir os furos. Então Marcell levantou-se e trocou de roupa, botando uma camiseta de manga comprida. Havia decidido manter segredo daquilo pros seus pais, pelo menos até descobrir algo. Saiu do quarto e foi para a cozinha, onde encontrou seu pai terminando de tomar café.

-Bom dia, pai.

-Bom dia, Marcell. Teve uma boa noite?

-Que? Ah, sim, tive...

-Bom, já estou de saída. Tenha um bom dia, filho.

Marcell sentou-se a mesa e pegou um copo de café e uma torrada. Ficou segurando e vendo seu pai sair pela porta da frente. Então comeu rápido, pegou sua mochila e foi pra escola. Estudava num colégio próximo a sua casa, e ia caminhando. Sempre encontrava seu melhor amigo no caminho, Rodolfo, e desta vez não foi diferente. Rodolfo estava com uma cara triste, e usava uma camiseta de manga curta. Marcell reparou que ele estava com cicatrizes iguais as suas no braço...

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