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Em uma entrevista com Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint para o CBBC Newsround, foi revelado o nome da atriz que fará Lilá Brown em Harry Potter e o Enigma do Príncipe (o qual já começou a ser filmado). Essa atriz é Jessie Cave (foto ao lado), 20 anos, que aparecerá também no filme Summerhill, da CBBC, que será lançado ano que vem. Não se sabe se ela participou das audições abertas para o papel da Lilá.

O CBBC Newsround também revelou os atores que interpretarão Tom Riddle, aos 11 e 16 anos. Eles são, respectivamente, Hero Fiennes Tiffin (sobrinho de Ralph Fiennes) e Frank Dillane (filho do ator britânico Steve Dillane). Infelizmente não publicaram as fotos dos atores.

Para finalizar, a Warner Brothers declarou, em um boletim de imprensa, que o elenco do HPEdP já está completo, com a confirmação dos atores principais como Helena Bonham Carter (Belatriz), Natalia Tena (Tonks), David Thewlis (Lupin), Helen McCrory (Narcisa), Jim Broadbent (Horácio Slughorn) - sendo esses últimos ganhadores de Oscar -, e também a volta do diretor David Yates. O filme está previsto para ser lançado no dia 21 de novembro de 2008.

P.S.: Hoje é aniversário de Gui Weasley. Parabéns a ele!

Quando você pensa em um filme de romance já vem a sua mente todo aquele melodrama, enrolação, baboseira e um amontoado de clichês. Ou seja, o pesadelo de qualquer homem no cinema.

É raro encontrar um exemplar desse gênero que fuja ao habitual água com açúcar e evite os clichês - ou ao menos saiba trabalhá-los - sagrados do ramo. Mas veio a obra de Richard Linklater para superar essas raridades.

Antes do Amanhecer/Pôr-do-Sol é simplesmente o melhor filme de romance já filmado na história do cinema. Sim, porque os dois são um filme só.

Jesse e Celine, Ethan Hawke e Julie Delpy, se encontram pela primeira vez em um trem a caminho de Viena e, depois de algum tempo de conversa, caem louca, desajeitada, imprudente e angustiadamente apaixonados um pelo outro.

Chegando em Viena Jesse acaba convencendo Celine, que estava a caminho de Paris, a descer com ele para acompanhá-lo pela cidade até a próxima manhã, quando ele pegaria um avião de volta à América.

Segue-se então hora e meia de conversas, divagações, indagações filosóficas e meras brincadeiras infantis. Tudo isso sobre as águas do Danúbio, sob o céu dessa belíssima cidade européia e no intervalo de apenas uma noite.

A câmera de Linklater somente se dá ao trabalho de seguir os dois personagens em planos sequenciais, mantendo uma certa distância e permitindo a eles que ajam com impressionante naturalidade, em um tom quase documental. Com o passar do tempo eles vão ficando cada vez mais conectados, compartilhando histórias de infância, sonhos, desejos e até músicas (esta a parte mais singela do filme).



Ao chegar ao fim (Spoiler Alert!), sob o sol nascente, os dois, sem trocar telefones ou sobrenomes, prometem se encontrar naquele mesmo local seis meses adiante para que possam recomeçar de onde pararam, sem toda a decadência trazida por um relacionamento à distancia. A história bem que poderia acabar por aí, deixando a cargo da imaginação do espectador o destino dos amantes, e foi exatamente isso o que bradaram os fãs ao ser anunciado, quase dez anos depois, que seria feita uma continuação.

Mas o que esses mesmos fãs não sabiam é que o que já era o melhor podia ficar sublime. Linklater, Hawke e Delpy se uniram de novo para realizar uma pequena obra prima do cinema atual.

Após não se encontrarem como o combinado ao fim do primeiro filme, Jesse volta à Europa, nove anos depois, para promover o lançamento do livro que escreveu sobre aquele encontro. Então, em uma pequena livraria de Paris, Jesse e Celine voltam a se encontrar.

Dessa vez eles tem uma tarde para colocar em dia tudo o que precisa ser discutido antes que, com o pôr do sol, Jesse retorne aos Estados Unidos.

Agora somos agraciados com mais hora e meia de diálogos primorosos e atuações magistrais (quase mediúnicas). Tudo isso sobre as águas do Sena e sob o céu de Paris, que dispensa comentários.

Esse é um filme mais maduro, mais sóbrio e, até certo ponto, mais cínico e depravado que o antecessor. Que é justamente o que o faz superior.

Os desejos deles já são outros, seu sonhos foram frustrados e ambos são perseguidos pelo fantasma do amor que poderia ter sido e não foi. Um idealiza a vida do outro, despreza a própria e eles não conseguem se encontrar. Até que tudo explode em uma cena angustiante e claustrofóbica dentro de um carro.

Mais uma vez Linklater apenas aponta a câmera para os atores e os deixa fazer todo o trabalho. As divagações, indagações filosóficas e as brincadeiras estão de volta, mas você percebe que o encanto, a magia, foram quebrados.

Algo que deixa bem claro isso é quando Jesse perguntar à Celine se ela acredita em reencarnação no primeiro filme e ela responde "Sim. Sim, é interessante", ao que ele repete essa mesma pergunta no segundo a resposta é um seco "Não mesmo".

E se no primeiro fomos deixados com um final em aberto, nesse temos um final um tanto quanto
abrupto mas sem muito espaço para especulações. Por sinal, um dos melhores finais do cinema.




PS: Esse texto contém uma citação de um famoso romance, cuja adaptação cinematográfica será alvo de um texto futuro aqui. Alguém consegue identificá-la e dizer a qual livro pertence?

William J. Bennett é o responsável pela antologia que terminei de ler ontem à noite. O que ele fez foi reunir fábulas, contos de fada, lendas, mitos, cartas, passagens da Bíblia e muitas outras histórias vindas de diferentes lugares.
Dividido em dez partes – Disciplina, Compaixão, Responsabilidade, Amizade, Trabalho, Coragem, Perseverança, Honestidade, Lealdade e Fé, virtudes reconhecidas como necessárias à verdadeira formação moral de qualquer cidadão – o livro contém textos de diversas culturas e épocas, daqueles considerados “eternos”. Encontra-se desde Shakespeare a Monteiro Lobato, passando por Charles Dickens, Esopo, Machado de Assis, Mark Twain, Oscar Wilde, Vinícius de Moraes e até Irmãos Grimm.

Não faz muito, discutíamos na Corvinal sobre a natureza do homem. Alguns de nós dissemos ter perdido a fé na humanidade, por motivos que não vêm ao caso. Foi pensando nisto que escolhi o seguinte texto para complementar meu post; Chama-se A Natureza do Homem é Boa e foi escrito por Mêncio, um sábio chinês contemporâneo de Aristóteles no Ocidente e pode ser encontrado nO Livro das Virtudes.

A Natureza do Homem é Boa

A tendência da natureza do Homem para o bem é como a tendência da água em fluir para baixo. Não há quem não tenha essa tendência para o bem, como toda água tende a fluir para baixo.

Ao batermos na água fazendo-a espirrar para cima, podemos conseguir que ela respingue acima de nossa cabeça e, ao represá-la e conduzir seu curso, podemos forçá-la a subir, morro acima - mas estariam tais movimentos de acordo com a sua natureza? É a força exercida que os causa. Quando os homens são forçados a fazer o que não é o bem, sua natureza está sendo manipulada de maneira semelhante.

Todas as coisas do mesmo tipo são semelhantes umas às outras - por que teríamos dúvidas quanto ao Homem, como se ele fosse a única exceção a essa regra? O sábio e nós somos do mesmo tipo.

As árvores da Nova Montanha já foram belas. Encontrando-se, entretanto, na fronteira de um grande Estado, foram cortadas pelos machados e pelas serras - e teriam conseguido manter sua beleza? Ainda através da atividade da vida vegetativa dia e noite, e da influência nutritiva da chuva e do orvalho, não deixaram de dar brotos e ramos; mas logo vieram os bois e as cabras, e deles se alimentaram. A tais coisas deve-se a aparência desolada e árida da montanha que, vista pelas pessoas, parece não ter sido muito bem coberta pelas matas. Mas será essa a natureza da montanha?

Da mesma forma se dá o que pertence propriamente ao Homem - pode-se dizer que a mente de algum homem não tenha sido provida de benevolência e justiça? A maneira pela qual o homem perde o bem próprio de sua mente é semelhante àquela em que as árvores são tombadas por machados e serras. Talhada diariamente, poderá ela - a mente - manter sua beleza? Mas há um desenvolvimento de sua vida dia e noite, e no ar sereno da manhã, justo entre a noite e o dia, a mente sente num certo grau aqueles desejos e aversões característicos da humanidade, mas o sentimento não é forte e sofre o ataque e a destruição daquilo que se passa durante o dia. Acontecendo dia após dia tais obstruções ao seu desenvolvimento, a restauradora influência da noite não é suficiente para preservar o bem próprio da mente; e quando se comprova essa insuficiência para tal propósito, a natureza se torna não muito diferente da natureza dos animais irracionais que as pessoas, ao observarem-na, acham que nunca teve esses poderes que estou afirmando. Mas tais condições representariam os sentimentos próprios da humanidade?

O jogo de xadrez não passa de uma pequena arte, mas sem a entrega total da mente, e sem os desejos voltados totalmente para tanto, um homem não é capaz de nela atingir bom êxito. Chess Ts’ew é o melhor enxadrista do reino. Suponhamos que ele esteja ensinando dois homens a jogar. Um deles entrega-se de mente aberta e volta toda a força do seu desejo para o aprendizado, e nada faz que não seja escutar o mestre. O outro, embora pareça estar prestando a máxima atenção nos ensinamentos de Chess Ts’ew, está na verdade pensando no cisne que se aproxima e querendo preparar o arco, ajustando bem a flecha para acertá-lo. Embora esteja aprendendo com o outro, não conseguirá se equiparar a ele. Por que? Por que sua inteligência não é igual? Não se trata disso.

Há casos em que os homens, por um determinado curso, podem preservar a vida, e não seguem tal curso; em que, por determinadas coisas, podem evitar o perigo, e não fazem tais coisas.
Portanto, os homens têm o que lhes apraz mais do que a vida e o que lhes desgosta mais do que a morte. Não serão homens de distintos talentos e virtudes somente aqueles que tenham essa natureza mental. Todos a têm; o que pertence a tais homens é simplesmente o que eles não perdem.

O discípulo Kung-too disse:
- Todos são igualmente homens; mas alguns são grandiosos e outros, insignificantes: como se dá isso?

Mêncio retrucou:
- Aqueles que seguem o que neles é grandioso são grandiosos; aqueles que seguem o que neles é insignificante são insignificantes. À mente cabe o ofício de pensar. Pensando, ela obtém a visão correta das coisas; negligenciando o pensamento, ela fracassa nesse intento. Apegue-se o homem à supremacia da parte mais nobre de sua constituição, e a parte inferior não será capaz de lhe tomar essa posição. É simplesmente isso que faz um homem grandioso.
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Deixo a conclusão a cargo de vocês. :)

Rozen Maiden

Anime Recomendado: Rozen Maiden

O anime recomendado dessa semana é Rozen Maiden, uma série de mangá criada pelo grupo PEACH-PIT. Recebeu a adaptação para Anime, contendo 12 episódios, exibidos de outubro a dezembro de 2004, no Japão; teve também uma sequência, Rozen Maiden ~Träumend~, de 12 episódios, exibidos de Outubro de 2005 a Janeiro de 2006; e um prólogo, Rozen Maiden Ouvertüre, de 2 episódios, exibidos em Dezembro de 2006.

O anime conta a história de um estudante ginasial, chamado Sakurada Jun, que se nega a ir para à escola devido a algumas experiências traumáticas. Ele fica trancado em seu quarto e tem o hobby de pedir produtos supostamente sobrenaturais via online, e os devolve antes que o período de carência se esgote e ele tenha que pagar por eles. Sua irmã mais velha, Sakurada Nori, faz tudo que pode para ajudá-lo, mas não obtém bons resultados nas tentativas de curá-lo de seus traumas.

"Um dia, Jun recebe uma carta alegando que ele ganhou um prêmio, e pergunta se ele "aceita" (まきますか?) ou "não aceita" (まきませんか?)o prêmio. Depois de colocar a carta em sua gaveta como as instruções da carta diziam, ele recebe uma linda caixa trabalhada em madeira. A caixa contém uma estranha boneca, cujas feições parecem de algo vivo, e que vestia roupas no estilo Gothic Lolite. Jun, depois de uma examinação breve, decide dar corda à boneca. Ela declara, "Meu nome é Shinku, a quinta boneca de Rozen Maiden". Shinku é uma boneca da coleção única "Rozen Maiden", e antes que Jun possa entender a situação em que ele estava, ele é atacado por um boneco mandado para eliminá- lo. Jun tem que jurar servir Shinku para salvar sua própria vida, e assim ele acaba sendo encarregado da responsablidade de proteger a "Rosa Mystica" de Shinku enquanto ela entra em intensas batalhas com as outras Rozen Maidens." - Wikipedia


Análise da história
Rozen Maiden a princípio parece ser mais uma historinha "não-original" sobre bonecas que possuem alguma coisa em especial. Mas, com o passar dos episódios, você consegue observar uma grande evolução da história geral, e também dos personagens. Como por exemplo a boneca Shinku, que no decorrer dos episódios torna-se menos dura; ou Sakurada Jun, que começa a amadurecer, e nos faz pensar que ele irá para a escola; e a história das Rosas Mysticas, que nos deixa intrigados com a pergunta: "Quem se tornará Alice?".

Clara

Como eu disse lá no post inicial, eu também publicaria alguns contos de minha autoria por aqui. Principalmente quando eu estivesse sem paciência de escrever algo de útil.

Esse é o primeiro conto de ficção científica que eu escrevo, o que me fez levar um tempo maior que o normal para escrevê-lo, já que tive de criar todo um universo em volta da história. Não que algo desse universo tenha efetivamente feito parte do conto, mas eu sou chato. Depois de todo esse trabalho, eu espero pelo menos que ele se transforme em uma série com vários contos independentes, todos se passando neste mesmo universo.

Tomara que vocês gostem. E deixem comentários.

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Clara

Paul caminhava apressadamente por aqueles estranhos corredores completamente desertos, seus passos ecoando pesadamente por aquelas paredes amarelo claro.
Ele atravessou uma porta dupla de vidro e virou à esquerda - as paredes agora eram azuis -, seguindo em direção ao fim do corredor e à porta que lá se encontrava.
Após uma breve hesitação, ele bateu na porta duas vezes. Uma rouca voz feminina saiu de lá pedindo que ele entrasse.
Quando cruzou a porta, os olhos de Paul ficaram momentaneamente cegos. O pequeno quarto, inconcebivelmente branco e ocupado apenas por uma cama reclinada metálica, era fortemente iluminado por um número não recomendável de lâmpadas fosforescentes.
A ocupante da cama era uma velha grisalha e frágil, com a aparência de que não sobreviveria àquela noite.
Paul foi em sua direção e se pôs ao lado da velha.
- E... – foi tudo o que ele conseguiu falar antes de ser interrompido por ela.
- Não há necessidade de palavras. Dê-me sua mão. – ele a obedeceu.
- Um homem desesperado. – a velha continuou.
Desespero era pouco perto do que ele estava sentindo, apenas algo inominável o levaria até ali.
- Não há esperanças. – ela sentenciou asperamente.
O coração de Paul cavou um buraco dentro de seu próprio peito e caiu. Ele havia ouvido aquelas mesmas palavras mais de uma dezena de vezes antes, mas pela primeira vez elas pareceram tão finais, tão definitivas. Aquela era sua última chance, sua última esperança.
- Mas como? Deve haver... – ele começou a falar.
- Silêncio! – a velha o interrompeu – Não há necessidade de palavras.
- Talvez haja algo que eu possa fazer por você.
O seu coração voltou ao lugar e agora tentava sair pelo outro lado. “Será que realmente haveria algo que a pudesse salvar?”, ele pensou.
­- Não seja tolo. – ela voltou a falar – Nada pode ser feito por ela, ou você acha que eu fazia piadinhas quando disse que não havia esperanças?
Novamente o coração de Paul havia afundado.
- Existe algo que talvez possa, talvez – ela enfatizou – possa ajudá-lo.
Ajudá-lo!? Ajudá-lo como? Se não havia nada que pudesse ser feito por ela, o que poderia ajudá-lo?
- O chá da rosa azul...
“O chá da rosa azul!”, a mente de Paul explodiu em fúria “Como se eu não tivesse tentado isso antes. Como se essa não tivesse sido a primeira coisa que sua conselheira pessoal havia lhe recomendado!”
- Não seja insolente! – a velha interrompeu seus pensamentos – O chá da rosa azul deverá ser misturado com essência de Lynx, sua conselheira saberá como fazê-lo.
- Você deverá dá-lo à sua esposa – ela continuou - daqui três noites exatamente, depois você deverá se deitar com ela o maior número de vezes possíveis até o amanhecer.
A frase “E como isso poderia ajudá-la?” se formou na cabeça de Paul, mas antes que ela chegasse ao seus lábios a velha voltou a falar.
- Não poderia, nem vai, mas isso irá salva-lo. O chá vai permitir que ela engravide e a própria gravidez se encarregará de mantê-la viva por mais nove meses.
- Como você pôde pensar em algo assim numa hora dessas, sua velha bruxa?! – dessa vez ele conseguiu se expressar mais rápido do que ser interrompido.
- Mais uma vez, não seja tolo. – a voz dela estava ainda mais calma e pausada mas, apesar de sua aparência, nada cansada – Você não tem filhos. E com a impossibilidade de encontrar outra esposa fértil, você sabe quais são as conseqüências disso. Suas terras serão invadidas e você será descartado ainda mais rápido que de Tottler.
- Eu não teria nem coragem de pensar nisso. – ela o deixou completar – Não enquanto a Denise mal consegue sair da cama.
– Mas deveria. Você conhece muito bem a fúria que cai sobre ele quando alguém do Quorum não produz um herdeiro fértil, você fez parte dela mais de uma vez.
Paul baixou a cabeça, se virou e saiu percorrendo mais uma vez aqueles corredores.
Quando pôs o pé fora daquele prédio, ele estava convencido a esquecer tudo o que havia ouvido lá dentro. Por que deveria confiar em qualquer uma daquelas velhas malucas?
Ele não acreditava nessas baboseiras mesmo, elas eram apenas uma praga que a sociedade moderna deveria reaprender a erradicar.


Paul estava em pé na sua sala de jantar segurando um copo de whisky, perdido em pensamentos, olhando para um quadro retratando sua esposa do lado diretamente oposto ao dele.
A sala estava ocupada com pouco mais que duas dúzias de pessoas, mesmo assim o local ainda parecia apto a receber pelo menos uma dúzia mais, todos homens, todos segurando um copo de whisky, que riam e conversavam alegremente uns com os outros enquanto tragavam seus grandes charutos.
– Meus parabéns. – disse um homem levemente ruivo, levemente gordo e levemente barbudo que havia se aproximado de Paul – Uma menina, e fértil, logo na primeira tentativa... – sua voz morreu abruptamente como se engolisse as palavras “e última!”.
– Muito obrigado. – disse Paul voltando de seu transe – Ainda assim eu não me sinto nem um pouco afortunado.
– De qualquer maneira, não é para qualquer um. – ele disse um pouco encabulado – Anime-se, homem! Olha só o Tom... – ele apontou para um homem claramente bêbado rindo acima dos outros – mal pode se conter. Doze tentativas, doze meninas inférteis, três delas inclusive mandadas para aquelas velhas e só agora ele conseguiu um menino.
– Não que ele tenha se queixado muito das garotas. – Paul adicionou se lembrando das delícias do pequeno harém que Tom havia montado.
– Ra - o homem riu, pegando de uma bandeja, sobre um carrinho que aparentemente se movia sozinho, outro copo de whisky –, não é como se nós precisássemos da mão de obra.
– Talvez nós precisássemos dos cérebros. – ponderou.
– Como se fosse sair algo daquela família. Você conhece muito bem as garotas. Qualquer uma com o mínimo de capacidade intelectual foi imediatamente despachada para aquelas velhas, seja lá o que elas fazem.
– Prepará-las para ser as próximas velhas? – indagou Paul com certa ironia.
– Congresso. – o outro disse com todo o sarcasmo que pôde encontrar – Não passam de um bando de velhas, se você me perguntar. E ainda têm a coragem de quererem ser chamadas de congressistas.
– Como se você tivesse a coragem de chamar sua conselheira de qualquer outra coisa. – Paul riu.
– Ah, chega disso. – se apressou em dizer, meio indignado, meio bêbado – Daqui a pouco o Tom vem aqui te importunar com propostas de casamento.
– Já veio. E eu não vejo como recusar. Depois do desastre com o Tottler, nossos filhos são os últimos da geração. Não acho que seria prudente esperar.
– Não, você tem toda a razão. Onde está a menina Clara, por falar nisso? Não a vejo desde a apresentação no início da festa.
– Não havia como deixá-la aqui, é difícil sem uma mãe para cuidar. Ela está lá em cima, com um autômato.
– Mas não é perigoso? Se for preciso eu tenho certeza de que qualquer esposa ficaria feliz em ajudá-lo, ou uma das meninas. Eu mesmo, como você sabe, tenho duas que não vão para casamento e como eu tenho escrúpulos um pouco mais apurados que os de Tom não teria problemas em lhe enviar uma.
– Não tão mais apurados assim, segundo chegou ao meu conhecimento. – Paul não deixou de comentar – Mas não será necessário, é perfeitamente seguro deixá-la sob os cuidados de um dos autômatos. Creio que eu possa criá-la muito bem sozinho.
– Se você assim o quer... Eu acho que se o nosso melhor engenheiro confia tanto assim nos autômatos, quem sou eu para discordar. – e com esse comentário ele fez uma pequena referência e se retirou.
Paul, com o espírito um pouco mais ameno, deixou escapar um sorriso, pegou outro copo de uma das bandejas ambulantes e olhou de relance para o quadro de sua esposa pela última vez naquela noite.

Marion Zimmer Bradley, a autora desta renomada saga, ganhou uma máquina de escrever ao completar dezesseis anos; foi então que começou a editar revistas escolares e fanzines. Conhecida por escrever livros de ficção e fantasia, teve seu primeiro volume publicado em 1952.

Marion, como C. S. Lewis e tantos outros, gosta de escrever de trás para frente, digamos assim. Por quê? Sua mais famosa série, As Brumas de Avalon, na verdade não começa por A Senhora da Magia, mas sim pelo livro A Casa da Floresta. Este último é seguido por A Senhora de Avalon, que, por sua vez, é seguido por A Sacerdotisa de Avalon. E é só então que a série inicia.

Porém, a história é perfeitamente compreensível mesmo para quem não leu os três primeiros livros. Na série, a lenda do rei Arthur é contada através das vidas, visões e percepções das mulheres que nela tiveram um papel central. Temos Gwenhwyfar (Guinevere) representando o cristianismo, sua "adversária" Morgana que segue os costumes da Ilha, Viviane como Senhora de Avalon e muitas outras. Além de narrar fatos políticos e históricos da época, Marion trata da complexidade dos atos e pensamentos das mulheres, cita rituais pagãos e fala de lendas muito conhecidas, tais como a da espada Excallibur.

Embora As Brumas de Avalon seja seu romance mais conhecido, a autora também escreveu as séries Darkover, Witchlight, A Teia de Luz e muitos outros livros que vocês podem ver clicando aqui. Não deixem de ler se tiverem a oportunidade. Ao menos, eu gostei da maioria que li.

São esses os assuntos que eu quero abordar hoje.

Primeiramente,ontem foi o lançamento, aqui no Brasil, do último livro da série de Harry Potter. Entretanto, algumas livrarias começaram a vender o livro no dia 9 de novembro, quebrando o acordo com a editora do livro, segundo o qual as vendas deveriam começar a partir de meia-noite do dia 10. Apesar disso, ainda houve vários eventos nas livrarias. Eu já comprei o meu exemplar e comecei a lê-lo. É muito bom, apesar de personagens importantes morrerem.


Outra notícia que merece destaque é a entrevista dos atores Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emma Watson, além do diretor David Yates, para o Noticieros Televisa.

O artigo diz que a luta contra o exército de Lord Voldemort continua, mas, ao mesmo tempo, há momentos engraçados. “Estamos progredindo muito bem, mesmo que ainda não tenhamos chegado às cenas onde Rony tem que beijar a Lilá Brown. Estou muito ansioso para ver este primeiro beijo do Rony na tela grande“, argumentou Daniel Radcliffe.

Já Rupert falou sobre a diferença entre o diretor Alfonso Cuarón, que dirigiu Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, e Yates. “Alfonso é um pouco louco, no bom sentido é claro, muito engraçado e nos damos muito bem. O atual diretor David Yates é muito tranqüilo e calmo”, explicou ele.

Yates, por sua vez, deu a sua opinião sobre a revelação de J. K. Rowling quanto à homossexualidade de Dumbledore. “Acho magnífico que a autora tenha decidido revelar a homossexualidade de Dumbledore, porque é uma personagem muito complexa e interessante. Nos Estados Unidos causou um grande escândalo, mas não aqui na Europa“.

E quanto a Emma? Bem, ela recebeu três semanas de “férias” dos estúdios para poder prestar seus exames escolares. “Sou como Hermione, uma CDF que gosta de ir à escola e estudar“, disse a atriz.


A terceira notícia se refere ao suposto namoro do ator Daniel Radcliffe com a atriz Laura O'Toole, 22 anos. Ela era a atriz substituta de Jill, com quem Radcliffe contracenava na peça Equus. Apesar de ser quatro anos mais velha que Dan, os dois se conheceram nos bastidores da peça e, dizem, logo se tornaram muito próximos, de forma que não seria estranho se namorassem. Infelizmente não posso confirmar a veracidade dessa notícia, pois todos os sítios que entrei eram de fofocas; os sites reconhecidos sobre Dan não falavam nada.

Fontes:Potterish , Ego e Terra.


Até a próxima,

Nathalie.



A Greve

Hoje eu venho excepcionalmente postar no lugar da Thaty, que não pôde estar aqui por motivos de força maior, para falar da greve que está abalando Hollywood.

No fim da semana passada o contrato do Sindicato dos Roteiristas com as grandes companhias do entretenimento venceu, e o sindicalistas decidiram entrar em greve. O motivo não é nenhum mistério; é exatamente o mesmo de qualquer outra greve: dinheiro.

Com a importância cada vez maior do mercado de DVD's e a entrada de novas mídias (como os downloads de séries e filmes pela internet), os roteiristas querem um pedaço do bolo. Eles pedem parte dos lucros obtidos com essas novas mídias, mas os estúdios, diante da queda sistemática da audiência na t.v. e das bilheterias nos cinemas, não querem abrir mão da sua única fonte de renda certa. O conflito está formado. Sem nenhum dos lados querendo ceder, e com o fim do contrato anterior, a greve começou.

"Mas e daí, o que eu tenho a ver com isso?" você pode perguntar. Se você é um freqüentador esporádico dos cinemas e só liga a televisão para assistir a Malhação, realmente nada. Mas se você é um acompanhante assíduo de séries, como eu, ou um morador dos EUA, desde já você começa a sentir os efeitos.

Os primeiros a caírem foram os programas de humor como Tonight Show e Saturday Night Live, e as novelas americanas. Agora, se a greve se estender muito, a coisa começa a se complicar. O spin-off de Heroes, Heroes: Origins, já foi cancelado, e mesmo a série original teve que gravar um final alternativo para o meio da temporada, caso a greve continue; 24 Horas teve sua estréia adiada indefinitivamente; Prison Break sairá do ar na próxima semana; Grey's Anatomy já teve seu último episódio escrito gravado; Lost pode ser que volte só em 2009; e várias outras séries ameaçam ser interrompidas.

As redes de televisão já começam a investir em um aumento na produção dos reality shows e a estudar a importação de produções britânicas. E a coisa fica cada vez pior, já que alguns atores começaram a se juntar aos roteiristas nas manifestações e não apareceram nas gravações.

Os filmes estão seguros caso a greve não seja muito longa, mas a última grande greve durou 22 semanas, o que torna o problema bastante real. Aqueles com os roteiros já prontos começam a ser gravados agora e no começo do ano que vem, mas sem roteiros novos as produções começam a parar, o que pode prejudicar bastante a temporada de 2009.

Outro ponto importante da greve é a luta por status. Sempre os roteiristas foram vistos como uma categoria inferior, abaixo de diretores e atores. O que eles querem é o reconhecimento de sua importância, afinal de contas diretor nenhum faz milagre com um roteiro ruim e um ator não passa de um instrumento. Eles estão tentando mostrar que eles são tão importantes quanto os diretores, e quem sabe até mais, porque sem eles nós somos obrigados a assistir apenas os Big Brothers da vida. E isso ninguém merece.

Mas o que está realmente aterrorizando todo mundo é que no ano que vem os sindicatos dos atores e dos diretores também passam a renegociar os seus contratos e a briga é a mesma. Eles também querem participação nos DVD's e nas novas mídias.

Isso pode muito bem virar um greve generalizada e nada mais de filmes ou séries. E aí até você, que só vai ao cinema de vez em quando levar a namorada, pode ser ver obrigado a assistir pela terceira vez a Xuxa e os Duendes VII: A Revanche.

Charles Lutwidge Dodgson, mais lembrado como Lewis Carroll, tornou-se conhecido como escritor de histórias infantis após o lançamento do seu Alice no País das Maravilhas.

Carroll não foi apenas romancista: também foi matemático, lógico e fotógrafo. Lecionou Matemática em Oxford por anos, tendo conhecido ali Henry Liddell, pai de três meninas, dentre elas aquela que viria a inspirá-lo a escrever Alice no país das Maravilhas e, mais tarde, Alice no País do Espelho.

Porém, engana-se quem pensa que estes livros são direcionados a crianças. Cheios de ironias, críticas sociais e citações, inicialmente foram escrito para adultos. Porém, muito das obras se perdeu, e é por isso que existem as edições comentadas, cheias de tópicos que explicam o porquê de ele estar citando tal poema ou tal frase.

Sempre com sua gatinha, Alice é uma adorável menina que fala pelos cotovelos e tem uma imaginação de dar inveja. No primeiro livro, ela persegue um coelho branco falante até sua toca e cai em um profundo buraco. E é assim que, mais tarde, ela chega a conhecer o Gato Inglês, o Chapeleiro Maluco, a Lebre de Março, a Lagarta, a Rainha de Copas e muitas outras personagens, digamos, excêntricas.

Em Alice no País do Espelho, a menina entra em um jogo de xadrez bem diferente do que estamos acostumados. Uma das minhas personagens favoritas neste é Humpty Dumpty, figurinha de forma oval que usa um cinto (ou seria um colar?) na cintura (ou seria o pescoço?).

Carroll escreveu outros livros também, são eles: Algumas Aventuras de Silvia e Bruno, Rimas do País das Maravilhas, A Caça ao Turpente, Obras Escolhidas e alguns com problemas de lógica e matemática.

Para finalizar, deixo o enigma (sem resposta) dos livros:
Por que um corvo é parecido com uma escrivaninha?

“Época triste a nossa, em que é mais difícil quebrar um preconceito do que um átomo.” (Albert Einstein)


Embora ainda estejamos muito aquém do ideal no tocante ao respeito à diversidade sexual, não se pode negar que a sociedade tem evoluído - ainda que a passos lentíssimos - para uma aceitação gradativa das relações homossexuais, especialmente nos grandes centros urbanos.

As mentes tacanhas, porém, ainda resistem à idéia de que os homo e bissexuais não sejam aberrações da natureza, nem pervertidos anormais, mas apenas pessoas cujo desejo foge ao padrão dominante. O problema maior é que esse tipo de pensamento preconceituoso está enraizado em nossas instituições como um câncer, impedindo que alguns grupos tenham acesso a certos direitos básicos reconhecidos aos seres humanos. Basta ver que a mesma Constituição da República que prega a igualdade de tratamento, sem discriminações de qualquer natureza, traz um artigo definindo que casamento é a união entre homem e mulher. Qualquer outra combinação diferente disso está à margem do Direito.

Tanto isso é verdade que a lei não contempla ao companheiro(a) do gay/lésbica falecido(a) o direito à herança (muitas vezes sobre bens conseguidos por esforço comum, ao longo de anos de relacionamento). Também não é reconhecida a união estável entre duas pessoas do mesmo sexo, nem a possibilidade de um casal assim adotar uma criança. Além disso, o companheiro homossexual não está previsto no rol de dependentes do sistema previdenciário, o que significa dizer que, se o parceiro dele falecer, não receberá pensão por morte, ainda que todas as contribuições previdenciárias tenham sido pagas.

Cenário negro, não é? Mas a minha perspectiva quanto ao reconhecimento desses direitos é otimista. A todo momento surgem novas decisões judiciais que rejeitam essa “discriminação legalizada” e estendem às relações homoafetivas os mesmos direitos obtidos pelos heterossexuais. Ainda que, a rigor, esses juízes estejam decidindo contra expressa disposição de lei, considero-os dignos de aplausos. Afinal, eles estão fazendo prevalecer dois dos princípios mais básicos de nosso sistema legal: o da igualdade e o do respeito à dignidade humana.

Essas decisões dos nossos Tribunais constituem-se num excelente instrumento de pressão sobre o Legislativo, porque revela aos deputados e senadores que o próprio sistema já não está satisfeito com as disposições atuais das leis brasileiras, e não apenas uma parcela significativa da sociedade.

Foi exatamente isso o que ocorreu com o reconhecimento da união estável, décadas atrás. O fato de duas pessoas terem vida conjugal sem estarem casadas foi aceito muito antes pela sociedade que pelo Direito. Quando “pipocaram” as decisões judiciais reconhecendo este tipo de relação, então sobreveio a mudança da lei. Estou certa de que o mesmo ocorrerá com as relações homoafetivas. E a inclusão desse tipo de relacionamento no mundo jurídico ajudará a minguar ainda mais o preconceito que ainda resiste em certos setores sociais.

Movie Season

Todo mundo já sabe que as séries americanas funcionam no esquema de temporadas (com a exceção aparente do Sílvio Santos), o que quase ninguém sabe é que o lançamento de filmes também segue um esquema parecido. É claro que a temporada de filmes ocorre de maneira completamente diferente, mas a idéia básica por trás é a mesma.

A mais famosa de todas é a temporada dos blockbusters, também conhecida como a temporada de verão, que é aquela época no ano em que as grandes produções dos estúdios chegam aos cinemas. Mas eu estou me adiantando, comecemos em Janeiro.

De Janeiro a Março acontece a temporada dos festivais, que é quando filmes independentes e de "arte" estréiam em vários festivais do gênero. Essa época também é a das premiações nas quais a Academia (Oscar), a Imprensa Estrangeira (Globo de Ouro), os sindicatos e várias outras instituições escolhem os melhores do ano anterior e os estúdios aproveitam para relançar os vencedores no cinema. No Brasil é quando esses filmes chegam pela primeira vez.

Com a entrega dos Oscars vem um período de ressaca em que praticamente nenhum filme bom chega aos cinemas e dura até metade de Maio. É quando são lançados filmes de baixo orçamento e pouco ambiciosos, que não teriam chances de bilheteria se fossem lançados junto com concorrentes de peso, notadamente filmes de terror. Normalmente existem algumas poucas surpresas boas que fogem da baixa qualidade geral das produções desses meses.

Hoje em dia a temporada de verão começa já na segunda metade de maio, desde que franquias como Star Wars e Homem Aranha transformaram essa em uma das datas mais rentáveis do cinema, mas é só a partir do fim de junho que os blockbusters começam a chegar para valer e ocupam quase todas as salas de cinema no mundo. Qualquer outro filme lançado nessa época está fadado ao fracasso. Blockbusters são as produções milionárias destinadas a adolescentes em férias e com nada para fazer, recheadas de ação, explosões, mulheres semi nuas, clichês e tramas descerebradas. Vez ou outra algum filme bom é lançado. Essa temporada tem outra característica peculiar: é a única em que os filmes chegam ao Brasil com poucos atrasos ou simultaneamente às estreias americanas. Ela dura até meados de Agosto.

Setembro e Outubro são os meses daqueles filmes que fizeram sucesso nos festivais do começo do ano, comprados por estúdios e distribuidoras, serem lançados comercialmente. Raramente algum desses filmes chega ao Brasil, mesmo em DVD.

A corrida do Oscar está oficialmente aberta.
Depois dos independentes começam a chegar os filmes feitos para o Oscar. São aqueles filmes produzidos com o único objetivo de conseguir o maior número possível de indicações para as premiações do ano seguinte. Bombas dividem as salas dos multiplex pacificamente com obras-primas e é a melhor época para se ir ao cinema. Se você for americano, claro. Esses filmes só chegam ao Brasil a partir de Janeiro, quando não vão direto para o DVD, numa prova clara da estupidez coletiva que assola as distribuidoras brasileiras.

Pausa para ação de graças.
Desde Harry Potter que o feriado de ação de graças serve como data alternativa das grandes produções adolescentes e vem gerando bons lucros.

Dezembro chega com o resto dos filmes de Oscar e, é claro, com os de Natal. Aqueles mesmo filmes com crianças bonitinhas, espírito natalino, neve e Papai Noel. É a época que eu mais odeio, mas principalmente por outra razão. É nessa data que chegam aos cinemas nacionais os filmes da Xuxa e do Didi - se é que se pode chamar aquilo de filmes -, que ocupam metade das salas até Março, com um respiro final no dia das crianças, impedindo os filmes realmente bons de ter algum espaço.

Janeiro começa tudo outra vez.

Quando se fala sobre notícias relacionadas direta ou indiretamente a Harry Potter, é difícil selecionar apenas uma para comentar, porque saem no mínimo 2 notícias por dia sobre algum ator, ou algo que a autora falou etc. Por isso fiquei em dúvida entre três notícias para colocar aqui no blog e acabei escolhendo o lançamento do filme "Um Verão para Toda a Vida" (December Boys), do qual o Daniel Radcliffe participa. Infelizmente, porém, esse filme não foi lançado em todas as salas do país.
"Um Verão para Toda a Vida" é o primeiro filme do ator Daniel Radcliffe fora da franquia Harry Potter. É um filme independente, produzido na Austrália, dirigido por Rod Hard e escrito por Marc Rosenberg, sendo a adaptação do livro de mesmo nome, de Michael Noonan.



Sinopse: Baseado na clássica história de Michael Noonan, Um Verão para Toda a Vida (December Boys) é a história de quatro órfãos adolescentes que crescem atrás das portas de um convento católico, na Austrália, nos anos 1960. Conforme os garotos vêem outros jovens sendo adotados por adoráveis famílias, eles começam a perceber que estão ficando velhos e que a vez deles nunca chegará. Quando o orfanato os manda para conhecer outra parte da cidade, eles finalmente conseguem alguma coisa boa para se fazer. Na outra parte da cidade, eles conhecem um jovem casal sem a capacidade de ter crianças, que seriam os pais perfeitos. O mais velho dos garotos, Maps (Daniel Radcliffe), se apaixona por Lucy (Teresa Palmer), uma linda garota da região. Competindo entre si para se destacarem, o outros três garotos, Sparks (Christian Byers), Misty (Lee Cormie) e Spit (James Fraser), testam sua amizade quando a rejeição toma conta desses quatro órfãos.

Eu queria assitir a esse filme só para ver o Daniel interpretando um outro personagem. Li a sinopse do filme e percebi que a história é interessante, mas infelizmente o filme não estreou na minha cidade. O jeito é esperar sair em DVD, cujo lançamento será dia 11 de dezembro, mesmo dia em que chega às lojas, nos EUA, o DVD de Harry Potter e a Ordem da Fênix.

Até o próximo post,
Nathalie

Fonte: Oclumência

AzraelKain

Não sei o porquê, mas toda vez que eu vejo o LastFM o primeiro nome que me vem à cabeça é Kain. Talvez seja pelo fato do Last ter se tornado de conhecimento geral da galera do BD através dele.

Foi ele o pioneiro em colocar na assinatura seu set-list de músicas em grades estilizadas. E foi ele que me ensinou a mexer tanto no site quanto na instalação do plugin. Lembro-me muito bem de uma parte de nossa conversa no msn naquele dia:

Kain: Engraçado, todo mundo está usando isso lá no BD. Virou moda.

EU: Ah!!! Qual eh... pelo menos seu ócio eh criativo xD.

Kain: hauhauhauhauhauhauhauhauhau

No Last, nosso grau de compatibilidade é baixo. O resultado poderia ser Médio (apesar de no geral termos gostos diferentes) por eu gostar de algumas coisa que ele gosta, porém não tenho paciência de ficar baixando por aí. Entre estes artistas de gostos compartilhados - mas não baixados - estão: Jimi Hendrix, Radiohead, Beatles, Arctic Monkeys, The Who, New Order, Placebo, David Bowie e Johnny Cash. Artistas muito estimados por mim, com musicalidade e letras incríveis.

O engraçado é o fato destes artistas serem um tanto diferentes da tendência que prevalece no restante do LastFM do Kain. Principalmente porque é um gosto tombado para o lado do Indie/Alternativo, como Bright Eyes, Belle and Sebastian, Sonic Youth e por aí vai.

Claro que há coisas que eu não consigo entender nem por um decreto, como Mirah, Death Cab for Cultie e The National. Não consigo gostar destes artistas. Podem me falar um milhão de músicas deles, mas acabo achando sempre chatos e sem ânimo.

Algo muito interessante no Last é o fato de podermos ouvir demonstrações de pelo menos 4 músicas, com 30 segundos cada, de uma banda, conhecendo-a com mais facilidade. Neste Last do Kain ouvi Lynyrd Skynyrd, Mazzy Star, Primal Scream e Ted Leo and the Pharmacists.

O primeiro eu já conhecia, mas não sabia. Sweet Home Alabama é típica música que lembra carro, viagem, vento no cabelo e liberdade. Mazzy Star eu quase dormi nos 2 minutos em que a ouvi. E Primal Scream achei bem mais ou menos. Apesar de eu ter a sensação de já ter ouvido antes. E, por último, Ted Leo and the Pharmacists é tão cool e feliz. Amei mesmo. Estou pensando seriamente em baixar.

Para terminar, quer algo que represente melhor este last alternativo do que o primeiro lugar dos artistas mais ouvidos em geral? Acho que não, né?

Pra quem quiser dar uma conferida, o endereço é este: http://www.lastfm.pt/user/AzraelKain/

TIM Festival 2007

O TIM Festival desse ano contou com a presença de grandes nomes internacionais, podendo citar alguns como Arctic Monkeys, Björk, The Killers, Juliette & The Licks e vários outros em shows espalhados por São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Vitória.

Fui ao show do dia 28, no Arena Skol Anhembi em São Paulo, e o que posso comentar é do que me recordo e do que vi. XD

Primeiramente, o show sofreu um atraso de meia hora devido ao fato de que nem todos os artistas haviam ensaiado ainda, e vários outros atrasos se seguiram, como uma bola de neve. Esses atrasos, e suas conseqüências, tais como falta de comida, água e cerveja (já que as lojas afiliadas não estavam preparadas para um atraso tão grande. Pra se ter uma idéia, a hora esperada para acabar era 2h da manhã, mas na prática o último show acabou 5h da manhã) foram os maiores alvos das críticas negativas publicadas na mídia esses dias. Segundo este email dos organizadores do festival, os problemas decorrentes se deveram a causas maiores, como a chuva forte do dia anterior e outras desventuras.

Spank Rock abriu o festival, com Hot Chip em seguida. Do que eu me lembro deles (sem comentários), ambos foram bons. Nem conhecia e tal, e curti.

Em seguida veio um intervalo de uma hora (o tempo necessário para Björk arrumar seu palco ¬¬) e, então, o show da islandesa começou com Earth Intruders, para animar o pessoal. Não gostei muito das músicas seguintes e do estilo eletrônico para o qual o show foi progredindo, mas houve quem amou; então foi um bom show, apesar de eu não gostar muito da música da Björk.

Depois disso veio Juliette Lewis, levando o pessoal ao delírio. Também não sou fã do estilo de Juliette, com exceção da música Hot Kiss (sim, modinha, podem me espancar /o\). Algo a ser notado também é que o som, neste show especificamente, estava com a qualidade muito ruim, chegando a fazer com que algumas músicas fossem irritantes para quem não está acostumado com o som dela.

Em seguida vieram os Monkeys, o que quase todo mundo ali estava esperando a noite toda. Apesar de um show curto (apenas 5 músicas, pois tiveram que cortar algumas do setlist devido aos atrasos), foi ótimo; penso que não decepcionaram nem um pouco a ninguém ali.

Terminado o show do Arctic, infelizmente tive que ir embora, não podendo ver o último show, do The Killers (era pleno domingo, pessoal... xD).

Ah, e os amigos de Brasília que eu fiz e encontrei lá não podiam ficar sem serem mencionados, pois tornaram aquele dia inesquecível! x)

Enfim, foi um bom festival, apesar dos pesares. Nota: 8,0

Fotos - Vídeos


Ouvindo: She Wants Revenge - I Don't Want to Fall in Love

Californication

De uns tempos para cá se iniciou uma discussão sobre a crescente qualidade da t.v., de como ela está superando o cinema atual e de que é isso que está causando a queda nas bilheterias americanas.
Se isso é ou não verdade não será discutido aqui, mas um dos grandes responsáveis por essa discussão é o canal Showtime.
Showtime tem em sua programação três das melhores séries da atualidade: Weeds, Dexter (umas das melhores de todos os tempos), e Californication.
O retorno de David Duchovny às telas é sem dúvida nenhuma a melhor estréia da temporada.
É a primeira comédia efetivamente engraçada em anos, ao mesmo tempo em que não deixa a desejar a nenhum drama dos mais complexos.
Apesar do moralismo americano ter feito com que ela fosse chamada de "a coisa mais pornográfica na televisão para a qual você não tem que digitar o número do seu cartão de crédito para assistir", você não vai ver nada que já não tenha sido visto por aqui, ainda que ela continue sendo uma série para adultos. Mas o que poderia ser dito sobre uma série que começa com sexo oral sendo feito por uma freira no altar de uma igreja?
Sexo, drogas e rock ‘n roll do começo ao fim. Principalmente sexo, muito sexo.
O jeitinho da garota Becca (Madeleine Martin) é adorável, Madeline Zima definitivamente cresceu, a trilha sonora é impressionante (Não, ela não inclui Californication) e Hank Moody é meu novo herói.
É claro que a série não é perfeita, mas nenhum desses defeitos é o suficiente para contaminá-la. Bill (Damian Young) é insuportável, mas aparece pouco; a subtrama envolvendo Charlie (Evan Handler) e a secretária não empolga, mas tem seus momentos; todos os clichês californianos estão ali, mas a série não tem Califórnia no nome à toa; e diminuíram o uso da câmera amadora nas cenas.
O principal defeito, porém, parece ser a sem sal Karen (Natascha McElhone) e a total falta de química entre ela e Duchovny. Só que na segunda metade da temporada você percebe que o principal relacionamento de Moody parece ser consigo mesmo.
Com programas assim na t.v. quem vai querer pagar quinze reais para ver um filme vagabundo no cinema?
E que venha a segunda temporada.




Cena "Vale a pena ver de novo": O soco na cara. (Na hora vocês vão entender)

Noite das Bruxas

Como ontem foi dia 31 de Outubro, nada melhor do que um post inspirado no próprio Halloween, certo?

Vasculhei minha memória atrás de um livro que levasse a palavra “bruxa” no título, mas apenas este me veio à cabeça. Apesar de não gostar muito dele em particular, adoro muitos dos outros que a autora, Agatha Christie, escreveu.

Conhecida como a Rainha do Crime, ela escreveu mais de 80 romances policiais e de mistério, além de contos, peças e romances; estes últimos sob o pseudônimo de Mary Westmacott.

Seu primeiro livro a ser publicado foi O Misterioso Caso de Styles e através dele acabamos conhecendo Hercule Poirot, já com seu bigode e seu cérebro incrível.

Noite das Bruxas é com nosso detetive favorito de todos os tempos [ou seria este Sherlock Holmes?] e começa exatamente com um crime, em plena festa do dia das bruxas.

Mas, como disse, este livro não é um dos meus preferidos. O meu favorito da Agatha é Um Brinde de Cianureto, não por algum motivo especial, mas sim porque foi o primeiro dela que eu li. Ah, o que me deixou mais desolada: Cai o Pano [quem já leu sabe o porquê e, quem não leu, leia!]

Happy Halloween, everyone
e leiam Agatha Christie ;)

Não sou muito adepta de assistir a uma série antes de lançar no Brasil. Gosto de ter um horário certinho para assistir, deitar no sofá, desligar a luz e ficar atenta à telinha. No entanto, se o canal demora muito para passar, eu sou obrigada a apelar para o Paul Torrent.

Dessa nova safra de séries a única que eu assisti antes da hora foi Ugly Betty, que passará na Sony e - posso dizer com total certeza - é otima. Aquela série do tipo para você esquecer do mundo e só dar risada.

Há algumas séries que me chamaram muito a atenção. São elas: Chuck, Private Pratice e Samantha Who?. Não vou perder a estréia com certeza.

Alguns lançamentos dos canais serão: BIG DAY, CARPOOLERS , MY BOYS, RULES OF ENGAGEMENT, THE BEST YEARS, THE DAILY SHOW WITH JON STEWART: GLOBAL EDITION, UGLY BETTY, SAMANTHA WHO?, PRIVATE PRATICE. Da Warner Channel: CALIFORNICATION, CANE, CHUCK, GOSSIP GIRL, MOONLIGHT, PUSSYCAT DOLLS PRESENTS: THE SEARCH FOR THE NEXT DOLL, THE BIG BANG THEORY.

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Outra notícia é a ida do CSI para o AXN. Achei a estratégia da Sony muito boa, pois assim o AXN se torna um canal somente com séries de ação e investigação, ficando CSI junto com seus Spin-off's CSI: NY e CSI: Miami. Lembrando que a Sony e o AXN são do mesmo dono.
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Sinopse das novas séries: Sony e Warner



Tricolor Paulista conquista o pentacampeonato brasileiro.

O São Paulo Futebol Clube é campeão brasileiro sob o comando do técnico Muricy Ramalho, conquistando o principal título do futebol nacional pela quinta vez (1977, 86, 91, 2006 e 07). O pentacampeão dominou o já rebaixado América-RN do início ao fim do jogo. Criou inúmeras chances de gols, mandou bola no travessão, exigiu boas defesas de Sérvulo e perdeu muitos gols. Venceu por 3 a 0, gols marcados por Hernanes, Miranda e Dagoberto.

A torcida fez a maior festa no Morumbi; gritou o nome do treinador e de todos os jogadores, em especial o do ídolo Rogério Ceni. Uma festa merecida, pois o clube se mostrou superior em todo o campeonato, novamente garantindo o título por antecedência.

Outros resultados da 34ª rodada do Campeonato Brasileiro:

Ø Goiás 2 x 3 Vasco

Ø Flamengo 2 x 1 Corinthians

Ø Náutico 1 x 2 Santos

Ø Atlético-MG 0 x 0 Paraná

Ø Atlético-PR 2 x 0 Grêmio

Ø Figueirense 0 x 2 Fluminense


Abraço a todos e parabéns ao São Paulo Futebol Clube!

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